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CAT score: modelo de predição clínica de tromboembolismo venoso associado ao câncer
Esta classificação de risco, desenvolvida e validada por Pabinger e colaboradores, estima a probabilidade de TEV em pacientes com câncer baseada no tipo de neoplasia e dímeros D. 1
1 Pabinger et al. Lancet Haematol 2018. 5: e289–98.
Estratificação de risco de Khorana para TEV associado a quimioterapia
O escore de Khorana foi desenvolvido para estimar o risco de TEV em pacientes sob tratamento quimioterápico.1 O modelo se baseia em cinco variáveis preditivas identificadas em uma análise multivariada:
1) Local do câncer
2) Contagem de plaquetas ≥ 350 X 109/L
3) Hemoglobina < 10g/dL e/ou uso de agentes estimulantes da eritropoiese 4) Contagem de leucócitos totais > 11 X 109/L
5) Índice de massa corporal (IMC) ≥ 35Kg/m2
O escore de Khorana foi validado em diversos estudos, incluindo o estudo CATS de Viena2-4. Entretanto, a sua reprodutibilidade em algumas populações específicas foi questionada5-7. Diversas variações desse escore foram desenvolvidas com o objetivo de otimizar a estratificação de risco, incluindo o Viena CATS Score8, o PROTECHT3, e o CONKO4.
O escore de Khorana | |
Características do paciente | Pontuação |
Local do câncer | |
Muito alto risco (estômago, pâncreas) | 2 |
Alto risco (pulmão, linfoma, ginecológicos, bexiga, testículos) | 1 |
Contagem de plaquetas ≥ 350 x 109/L | 1 |
Hemoglobina < 10g/dL e/ou uso de agentes estimulantes da eritropoiese | 1 |
Contagem global de leucócitos > 11 x 109/L | 1 |
Índice de massa corporal (IMC) ≥ 35Kg/m2 | 1 |
Risco de TEV associado à quimioterapia:
0 pontos: baixo
1-2 pontos: intermediário
≥ 3 pontos: alto
1 Khorana et al. Blood 2008. 111: 4902–07
2 Ay et al. Thromb Haemost 2017. 117: 219–30.
3 Verso et al. Intern Emerg Med 2012. 7: 291–92.
4 Pelzer et al. Dtsch Med Wochenschr 2013. 138: 2084–88 (em alemão).
5 van et al. Haematologica 2017. 102: 1494–501.
6 Mansfield et al. J Thromb Haemost 2016; 14: 1773–78.
7 Bezan et al. PLoS One 2017. 12: e0176283.
8 Ay et al. Blood 2010. 116: 5377–82.
Este escore de sangramento foi desenvolvido com base no registro RIETE de pacientes com TEV agudo.1 Seis fatores de risco independentes foram identificados em análise multivariada:
1) Idade >75 anos
2) Sangramento recente
3) Câncer
4) Creatinina sérica > 1.2mg/dl,
5) Anemia
6) Embolia pulmonar ao diagnóstico
Escore RIETE | |
Fator de risco | Pontuação |
Idade > 75 anos | 1.0 |
Sangramento recente | 2.0 |
Câncer | 1.0 |
Creatinina > 1.2 mg/dL | 1.5 |
Anemia | 1.5 |
Embolia pulmonar sintomática | 1.0 |
Risco de sangramento maior:
0: baixo
1-4: intermediário
> 4: alto
1Ruíz-Giménez N. Thromb Haemost 2008. 100(1): 26–31.
O modelo VTE-BLEED1 foi desenvolvido para estimar o risco de sangramento em pacientes com TEV que recebem anticoagulação no longo prazo (dabigatrana ou warfarina). Em um estudo prospectivo recente com 1034 pacientes diagnosticados com TEV e tratados com DOAC (164 – 15,8% – com câncer ativo), o escore VTE-Bleed teve bons valores preditivos.2
Este escore se baseia em seis variáveis:
- Câncer ativo
- Hipertensão arterial sistêmica em pacientes do sexo masculino
- Anemia
- Histórico de sangramento
- Idade ≥ 60 anos
- Insuficiência renal [CrCl 30-60 mL/min]
VTE-BLEED | |
Fator de risco | Pontuação |
Câncer ativo | 2 |
Hipertensão arterial sistêmica em pacientes do sexo masculino | 1 |
Anemia | 1.5 |
Histórico de sangramento | 1.5 |
Insuficiência renal [CrCl 30-60 mL/min] | 1.5 |
Idade ≥ 60 anos | 1.5 |
Risco de sangramento segundo VTE-Bleed:
< 2: baixo
> 2: alto
1 Klok FA. Prediction of bleeding events in patients with venous thromboembolism on stable anticoagulation treatment. Eur Respir J 2016. 48(5):1369–1376.
2 Vedovati MC. Prediction of major bleeding in patients receiving DOACs for venous thromboembolism: A prospective cohort study. Int J Cardiol 2020. 301: 167-172.